Hoje acordei falta de barulho de vento, de sol queimando a retina, de ver a rua passar.
Acordei dor amortecida de tédio, o peito por dentro suspenso ao respirar.
Acordei conflito de mim, fantasia do outro.
Hoje acordei choque sem explosão, luz branca sem escuridão. Acordei banal, carnal, sem divisão.
Da janela olhei o um só do mundo e desejei sem saber o quê.
Eu queria era a poesia do entre laços das folhas quando bate o vento.
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