terça-feira, 13 de julho de 2010

Diários de bicicleta


Inspirada pelo Paulo, retomei, no segundo semestre de 2009, uma paixão antiga que, desde a minha mudança para São Paulo, há mais de treze anos, eu havia, de maneira gradativa, abandonado: a bicicleta.

Empolgadíssima com as pedaladas e incentivada pela ótima companhia (não só do Paulo mas também de amigos como o Cacá, presença constante e indispensável para a alegria completa dos nossos rolês sobre duas rodas), comprei não uma, mas duas bicicletas!

A primeira, uma mountain bike devidamente equipada para cicloviagens que, atualmente, fica na casa da roça e, a segunda, uma bike dobrável que, além de poder ser transportada debaixo do braço, adequa-se perfeitamente ao espaço reduzido do nosso apartamento.

Aliás, foi com a minha pangaré, a bike dobrável que fica aqui em Sampa, que retomei os rolês de bicicleta por São Paulo, deixados de lado há alguns anos, quando fiquei com o saco na lua e um frio na barriga enorme em função do maldito trânsito desta cidade que, a propósito - e que não vem a ser nenhuma novidade -,  precisa urgentemente de uma mudança de atitude por parte de seus moradores e governantes (pelo amor de Deus, utilizar o transporte público, andar pelas ruas e interagir com o entorno, utilizar a bicicleta como meio de transporte e respeitar os ciclistas e o espaço a eles destinado, ter somente a quantidade de carros realmente necessária ao núcleo familiar, seja ele qual for, ou não tê-los, caso não haja necessidade, não é algo negativo ou desmerecedor, e sim extremamente positivo e, sem dúvida alguma, chique de morrer).

Durante esse processo de retomada do ciclismo, esbarrei no excelente, divertido e eclético Diários de bicicleta, livro do descolado e super dinâmico David Byrne, de quem, confesso, fiquei ainda mais fã.

O autor, que há décadas utiliza a bicicleta como meio de transporte, também tem uma bike dobrável que costuma corregar consigo durante suas viagens pelo mundo, sejam elas a trabalho ou pessoais. O livro, que a princípio pode soar como algo interessante apenas para ciclistas, trata de mil assuntos e é uma coletânea de anotações feitas por Byrne ao longo das suas viagens.

Em Diários de bicicleta, onde cada capítulo corresponde a uma cidade (Berlim, Buenos Aires, Istambul, Manila, Nova York e por aí vai), David Byrne expõe suas reflexões sobre planejamento urbano, artes plásticas, música, antropologia, arquitetura etc. de maneira lúcida, leve e inteligente, sem, necessariamente, focar em assuntos relacionados à bicicleta. Ou seja: você não precisa sequer saber pedalar para curtir o livro, para o qual a bike funciona mais como meio do que como fim.

Ficou curioso? Que tal, então, pegar sua bike e dar uma passadinha na livraria mais próxima? :)

P.S.1 Minha querida pangaré dobrável é uma DAHON Eco 3 que, apesar da suposta fragilidade (esse modelo é indicado somente para a cidade), segura super bem a onda e faz passeios de, por exemplo, trinta quilômetros por Sampa sem problemas. É, inclusive, excelente nas subidas. Se você ficou curioso e, quem sabe, a fim de comprar uma bicicleta dobrável, recomendo, em São Paulo, para compra e manutenção de DAHON, a Freecycle.

P.S.2 Quando se trata de bike em geral, a minha loja preferida na cidade é, de longe, a Sport Star, um paraíso repleto de acessórios, com uma galera alto astral e ótimo atendimento.

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