"Quem és? Perguntei ao desejo.
Respondeu: lava. Depois pó. Depois nada."
Hilda Hilst em Do desejo
É da espuma flutuante do desejo o sagrado que habita em nós.
Insônia de te dar meu mundo, de me escrever nas linhas das suas mãos.
Você me leva mão sobre o seu peito e eu me vejo trêmulos dedos nas pontas das páginas do seu livro. Lava de vulcão é com reverente humildade que se toca.
Sou pura quando escrevo, o surreal extraviado do real de mim que eu não me penso.
Eu vi o dia clarear você em luz no meu olhar.
Se eu pudesse ter uma promessa sua, seria o abraço de me curar dos espinhos a flor da vida.
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