Acordei me derramando de você, minhas linhas se multiplicando, meus contornos perdendo o freio de desenho morno.
Sua presença terra é quente mesmo quando vem pelo ar, mar de cintilância que me invade e desordena a métrica inexistente do tempo. Você em mim é sem cronologia de horas e minutos, é expansão de azul em febre vermelha.
Eu te ouviria falar milênios de civilização sem reduzir um átimo do espaço-tempo de nós.
Nós que explodem no deserto em segredos confessos nas linhas de um grafite.
Te dou o meu corpo para ser o lugar onde a gente escreve a história do porvir.
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