Fala feita de palavras mudas embrulhadas no pano azul que leva as cores de um ao destino do outro.
Mergulho na tela escura da cor e encontro no fundo dos olhos o desejo fluindo na ondulação comunicante do azul líquido do mar de Dalí, dos braços ao abraço, das mãos ao corpo inteiro.
Virei silêncio ao me perceber palavra na sua boca, eu no seu desejo, eu e o meu desejo.
E a gente. A gente virou falar baixinho, mistura de corpo que sem expansão de tempo deixa incompleta a tradução do texto escrito nas ondas do mar de azul. Um pingo sem i, os dois, cada um de um lado da lua.
Eu queria poder te ter o cheiro para de repente sentir sua presença terra ao caminhar por uma árvore de chão úmido.
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