Perambulando por Malá Strana - o bairro onde está o Castelo de Praga - numa tarde cinzenta e fria de novembro, eu e a Smith entramos ao acaso no restaurante que fica sob os violinos da Rua Nerudova, o U Trí Houslicek (para ser exata, no original, há um acento circunflexo ao contrário no r de Tri e no c de Houslicek), onde fomos bem felizes.
Em primeiro lugar, para explicar os violinos que você vê na foto deste post, utilizo texto da publicação Praga - A Cidade Mãe, de Marie Vitochová, Jindrich Kejr e Miloslav Husek (acentos circunflexos ao contrário no r de Jindrich e no s de Husek), em Português, comprada em uma livraria da praça da Cidade Velha:
"Durante os passeios pelas ruas de Malá Strana com frequência vemos quadros, plásticos ou relevos, símbolos nos edifícios, estreitamente ligados às casas, à sua história, vida ou profissão de seus proprietários originais. Outrora estes adornos das fachadas serviam para identificar cada casa e o seu proprietário, tinham também a função votiva ou protectora ou indicavam a que se dedicava o seu proprietário." (p. 43)
Especificamente sobre os três violinos, o site do U Trí Houslicek traz a seguinte explicação:
"Esta casa famosa 'Três pequenos violinos' pertenceu já no século XVI ao pintor da corte do Emperador Rudolf II. Mais tarde, tornou-se o lugar da mais significativa loja de violinos tcheca." (Tradução livre; o texto original em inglês você confere aqui.)
Além de todo o contexto histórico, o U Trí Houslicek merece a visita também pela ótima comida e pelo ambiente agradável e aconchegante. Há pratos típicos tchecos, como a ótima sopa que tomei como entrada, e pratos da cozinha internacional, tudo de boa qualidade. Isso sem falar no atendimento, excelente, e no preço, que é perfeitamente razoável (se estiver num esquema muito rígido, economize uns poucos euros - ou coroas tchecas - um dia antes; lembre-se: o leste europeu é mais barato que a Europa em geral).
Por fim, seria uma pena, mas, caso você não suporte música clássica, não entre no U Trí Houslicek.
domingo, 17 de maio de 2009
Violinos em Malá Strana ou Praga: onde comer
Sempre que penso em Praga sou tomada por uma felicidade visceral e por uma saudade que não tem explicação. É quase como se ela fosse uma velha conhecida, um lugar onde eu sempre estive.
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