sábado, 23 de maio de 2009

Cusco é uma festa!

Apesar de saber que a Semana Santa está entre as maiores festas do Peru, eu jamais poderia imaginar o que estava por vir quando aterrissamos em Cusco (ou, como eu disse aqui, Cuzco ou Qosq'o, em Quechua) na última Sexta-feira da Paixão.

Tudo parecia normal quando descemos do táxi na Plaza de Armas e fomos caminhando em direção ao Piccola Locanda, hostel onde tínhamos reserva (mais sobre o Piccola Locanda, aqui). Estávamos no meio da tarde e, após nos livrarmos das mochilas, saímos para flanar pela cidade e procurar um lugar onde pudéssemos contar com a ajuda de algumas Cusqueñas para nos aclimatarmos mais rapidamente.

Descemos a Escadaria Resbalosa até a Plaza de Armas e, de lá, passamos à Plaza Regocijo, na qual encontramos uma multidão assistindo à passagem de uma procissão que, apesar da austeridade ritual, era, simultaneamente, uma festa de adereços coloridos, uniformes militares, músicos com seus instrumentos, turistas que vinham se juntar ao espetáculo e funcionários de restaurantes que se debruçavam sobre os balcões dos edifícios coloniais.

Peru, Cusco, festividades da Semana Santa

Peru, Cusco, festividades da Semana Santa

Peru, Cusco, festividades da Semana Santa

Um ou dois dias depois, saímos pela manhã e, ao chegarmos à Plaza de Armas, percebemos uma certa agitação que, pouco mais tarde, descobrimos ser uma grande festa que viria a durar quase todo o dia.

Peru, Cusco, festividades da Semana Santa

Peru, Cusco, festividades da Semana Santa

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Peru, Cusco, festividades da Semana Santa

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Mas, não para por aí: independentemente das festividades, Cusco está, dia e noite, sob o sol e sob a chuva, em movimento: quilos de turistas, milhares de táxis em frenético zunzum por todos os cantos, a população local com seus afazeres corriqueiros, ônibus de turismo, cães perambulando, mulheres e crianças vendendo artesanato pelas ruas, funcionários de agências de turismo e de restaurantes em busca de clientes, ofertas de câmbio pelas calçadas, passeatas noturnas e por aí afora.

Pode parecer caótico e, sob certo ponto de vista, é; mesmo assim, o suposto caos não abala a substância indefinível (mas absolutamente perceptível) que parece formar a essência de Cusco. Na verdade, apesar das suas credenciais e da atmosfera envolvente, a mais antiga cidade continuamente habitada do Continente Americano precisa de muito pouco para abalar as estruturas dos visitantes. É simples: sente-se em uma das sacadas de um dos vários restaurantes que circundam a Plaza de Armas e passe algumas horas observando o movimento. Duvido que aconteça, mas, se o seu coração não balançar, corra para o médico.

P.S. Todas as fotos deste post são minhas.

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