Apesar de saber que a Semana Santa está entre as maiores festas do Peru, eu jamais poderia imaginar o que estava por vir quando aterrissamos em Cusco (ou, como eu disse aqui, Cuzco ou Qosq'o, em Quechua) na última Sexta-feira da Paixão.
Tudo parecia normal quando descemos do táxi na Plaza de Armas e fomos caminhando em direção ao Piccola Locanda, hostel onde tínhamos reserva (mais sobre o Piccola Locanda, aqui). Estávamos no meio da tarde e, após nos livrarmos das mochilas, saímos para flanar pela cidade e procurar um lugar onde pudéssemos contar com a ajuda de algumas Cusqueñas para nos aclimatarmos mais rapidamente.
Descemos a Escadaria Resbalosa até a Plaza de Armas e, de lá, passamos à Plaza Regocijo, na qual encontramos uma multidão assistindo à passagem de uma procissão que, apesar da austeridade ritual, era, simultaneamente, uma festa de adereços coloridos, uniformes militares, músicos com seus instrumentos, turistas que vinham se juntar ao espetáculo e funcionários de restaurantes que se debruçavam sobre os balcões dos edifícios coloniais.
Peru, Cusco, festividades da Semana Santa
Um ou dois dias depois, saímos pela manhã e, ao chegarmos à Plaza de Armas, percebemos uma certa agitação que, pouco mais tarde, descobrimos ser uma grande festa que viria a durar quase todo o dia.
Peru, Cusco, festividades da Semana Santa
Pode parecer caótico e, sob certo ponto de vista, é; mesmo assim, o suposto caos não abala a substância indefinível (mas absolutamente perceptível) que parece formar a essência de Cusco. Na verdade, apesar das suas credenciais e da atmosfera envolvente, a mais antiga cidade continuamente habitada do Continente Americano precisa de muito pouco para abalar as estruturas dos visitantes. É simples: sente-se em uma das sacadas de um dos vários restaurantes que circundam a Plaza de Armas e passe algumas horas observando o movimento. Duvido que aconteça, mas, se o seu coração não balançar, corra para o médico.
P.S. Todas as fotos deste post são minhas.
Mas, não para por aí: independentemente das festividades, Cusco está, dia e noite, sob o sol e sob a chuva, em movimento: quilos de turistas, milhares de táxis em frenético zunzum por todos os cantos, a população local com seus afazeres corriqueiros, ônibus de turismo, cães perambulando, mulheres e crianças vendendo artesanato pelas ruas, funcionários de agências de turismo e de restaurantes em busca de clientes, ofertas de câmbio pelas calçadas, passeatas noturnas e por aí afora.
Pode parecer caótico e, sob certo ponto de vista, é; mesmo assim, o suposto caos não abala a substância indefinível (mas absolutamente perceptível) que parece formar a essência de Cusco. Na verdade, apesar das suas credenciais e da atmosfera envolvente, a mais antiga cidade continuamente habitada do Continente Americano precisa de muito pouco para abalar as estruturas dos visitantes. É simples: sente-se em uma das sacadas de um dos vários restaurantes que circundam a Plaza de Armas e passe algumas horas observando o movimento. Duvido que aconteça, mas, se o seu coração não balançar, corra para o médico.
P.S. Todas as fotos deste post são minhas.
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